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CAIXA INICIA MUDANÇA DE PARTE DOS FUNCIONÁRIOS PARA O PORTO

Banco vai ocupar três andares do edifício Aqwa Corporate, no Santo Cristo, agora com 80% de ocupação

A Caixa Econômica Federal deu início neste mês à primeira fase de mudança de parte do banco para novas instalações no Porto Maravilha. A instituição se prepara para ocupar inicialmente três andares no moderno prédio da incorporadora norte-americana Tishman Speyer, o Aqwa Corporate, no Santo Cristo. Serão mais de 700 empregados das unidades administrativa e negociais, além de atendimento ao público. Segundo o banco, a mudança será completa até setembro deste ano, em uma segunda fase de ocupação.

Parte dos quadros deixou a Avenida Rio Branco para fixar sede no Passeio Corporate, na Rua das Marrecas, em julho de 2018. “Para o mercado, a mudança tem significado especial porque a Caixa é administradora dos Fundos de Investimento Imobiliário Região do Porto e Porto Maravilha (FIIRP e FIIPM), estratégicos na modelagem financeira da revitalização da Região Portuária. É uma demonstração de credibilidade”, avalia o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) Cesar Barbiero.

A primeira torre do empreendimento – o projeto prevê uma segunda idêntica, ao lado, em frente à Cidade do Samba – agora tem ocupação de 80%. A escolha do endereço fora do eixo da Praça Mauá demonstra pioneirismo já adotado por outras grandes empresas instaladas no mesmo edifício vizinho à Cidade do Samba. A aceleradora de Startups portuguesa Fábrica de Startups ocupa um andar com mais de 550 pessoas; os escritórios de advocacia Licks Advogados, Tauil & Chequer e M.J. Alves e Burle tomaram mais de dois andares com mais de 700 funcionários; e o coworking norte-americano Studio tem um andar com quase 600 pessoas. A Enel leva mais de 1.300 mil pessoas para quatro andares enquanto a seguradora Icatu anunciou que 1.600 trabalhadores passarão a ocupar cinco andares.

Com perfil ainda diferente do centro financeiro ou da Barra da Tijuca, de onde migraram as principais empresas que passaram a trabalhar no novo prédio, o desafio da área é despertar a atração de novos negócios e serviços. “A ocupação da área central do Porto Maravilha é uma realidade, mesmo com o impacto econômico da pandemia do coronavírus que freou a expansão da instalação de novas empresas para diversificar a prestação de serviços locais. Mas temos a convicção de que o movimento é irreversível, mesmo que lento. Já estamos trabalhando a criação de oportunidades para atuais moradores e planejando ações para os futuros moradores”, afirma Rilden Albuquerque, gerente de Desenvolvimento Econômico e Social da Cdurp. “Só o Aqwa terá mais de 6 mil trabalhadores circulando neste trecho da região. O que isso representa de demanda em serviços e consequentemente em empregos já é bastante significativo.”