Estudo de impacto da pandemia da Covid-19 sobre mercado mostra que Porto Maravilha apresenta vantagens por suprir tendências do chamado novo normal
O mais recente balanço da consultoria em mercado imobiliário JLL aponta outra queda consecutiva da taxa de vacância ajustada (espaço para locação), agora em 30%, nos imóveis de alto padrão do Porto Maravilha. Desde 2017, 24 empresas instalaram sede nos oito novos edifícios da Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Isso representa uma movimentação diária de 14 mil funcionários na Região Portuária. Só no ano passado mais de 80% destas pessoas passaram a ter o porto como local de trabalho.
Em 2016 a vacância era três vezes maior do que hoje, chegou a atingir 94%. Dois anos depois, com todos os novos prédios classificados como A e AA entregues ao mercado, caiu para 77%. E nos últimos dois anos a queda é ainda mais expressiva, descendo aos 30%.
Gráfico compara taxa de vacância na Região Portuária desde 2016
Para Cesar Barbiero, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), os números mostram a atratividade da região que une edifícios de alto nível e infraestrutura renovada pela operação urbana. “É um indicativo de que o mercado continua vendo a região como o futuro imobiliário do Rio. Estamos trabalhando para manter esta velocidade de ocupação dos edifícios e também na venda de terrenos na região para atrair novos investidores”, analisa.
Gerente de transações da JLL, Evie Kempf vê a continuidade do cenário positivo no mercado imobiliário na região pós-pandemia da Covid-19. “Acredito que os empreendimentos residenciais serão o grande diferencial do porto daqui para frente. É disso que o Porto precisa, de vida, pessoas circulando e, a partir daí, mais investimentos virão”, projeta Evie. “Outro aspecto a considerar é que o home office veio para ficar, e as plantas precisam considerar isso. Além de plantas planejadas e estrutura, as pessoas querem vista. O porto, próximo ao centro financeiro e à sede das grandes empresas, é privilegiado nesse sentido”, acrescenta.
Segundo ela, o período de isolamento social mostra-se oportuno para adequações das instalações e mudanças para novos endereços enquanto os funcionários estão em home office. E o Porto Maravilha sai à frente nas condições consideradas adequadas em termos sanitários. Os edifícios novos já equipados com alta tecnologia, lajes corporativas em lugar de salas, open space, elevadores espaçosos e alta conectividade com fibra ótica seguem os protocolos, apresentando vantagem.